Da operação de loja à experiência do cliente, IA cada vez mais presente no varejo

Postado por Breno Chaves em 24/fev/2025 - Sem Comentários

A inteligência artificial (IA) desempenha um papel fundamental no setor de varejo, oferecendo uma variedade de benefícios que ajudam as empresas a melhorarem suas operações e aprimorar a experiência do cliente. Uma pesquisa da Fortune Business Insights indica que a IA no mercado de varejo deve crescer de US$ 7,14 bilhões em 2023 para US$ 55,53 bilhões em 2030.

 

Trocando em miúdos, já é praticamente impensável para o varejista viver sem o conhecimento da IA. Primeiramente, ela pode analisar grandes volumes de dados de forma rápida e eficiente, permitindo que os varejistas compreendam melhor o comportamento do cliente e com isso prever tendências de compra. Isso pode levar a uma melhor segmentação de clientes e estratégias de marketing mais direcionadas, resultando em maior eficácia e retorno sobre o investimento.

Operacionalmente, a IA pode automatizar tarefas repetitivas e rotineiras, liberando os funcionários para se concentrarem em atividades mais estratégicas e de maior valor agregado. Isso não apenas aumenta a eficiência operacional, mas também pode melhorar a experiência do cliente, pois os funcionários podem se dedicar mais ao atendimento e à assistência personalizada.

 

O uso da IA nas mais diferentes frentes

O uso de IA pelos varejistas, incluindo os supermercadistas, tem sido cada vez mais difundido. As aplicações variam desde sistemas de recomendação de produtos até chatbots de atendimento ao cliente, passando por otimização de cadeia de suprimentos e precificação dinâmica. No entanto, ainda existem possibilidades não totalmente aproveitadas, como a personalização em tempo real da experiência do cliente dentro da loja física, por meio do uso de tecnologias como reconhecimento facial e análise de sentimentos.

Aqui estão sete pontos importantes sobre a importância da IA no varejo:

1 – Personalização da experiência do cliente

A IA permite que os varejistas coletem e analisem grandes volumes de dados de clientes em tempo real. Isso possibilita a personalização de ofertas, recomendações de produtos e comunicações (por meio do reconhecimento facial, por exemplo, o departamento de Marketing pode criar campanhas mais assertivas, pois sabe as áreas por quais seus clientes mais passam), criando uma experiência mais relevante e satisfatória para cada cliente.

2 – Otimização de inventário e logística

Algoritmos de IA podem prever demandas futuras com base em dados históricos e padrões de compra, ajudando os varejistas a otimizarem seus níveis de estoque e a logística de distribuição. Isso reduz custos operacionais e minimiza a possibilidade de estoques esgotados ou excessivos.

3 – Automação de processos

IA pode automatizar uma série de tarefas operacionais, como atendimento ao cliente por chatbots, gestão de inventário, processamento de pedidos e até mesmo análise de dados de vendas. Isso libera tempo para os funcionários se concentrarem em atividades que requerem habilidades humanas exclusivas.

4 – Precificação dinâmica

Algoritmos de IA podem ajustar os preços em tempo real com base em fatores como demanda, concorrência, clima e eventos sazonais. Isso ajuda os varejistas a maximizar suas margens de lucro e a responder rapidamente às mudanças no mercado.

5 – Prevenção de fraudes

IA pode detectar padrões suspeitos de comportamento de compra e identificar transações fraudulentas com maior precisão do que métodos tradicionais (monitoramento inteligente de furtos em tempo real, por exemplo). Isso protege tanto os varejistas quanto os clientes contra atividades criminosas.

6 – Análise preditiva

Utilizando técnicas de machine learning, a IA pode prever tendências de mercado, comportamento do consumidor e até mesmo antecipar quais produtos serão mais procurados em determinadas épocas do ano. Isso ajuda os varejistas a planejarem suas estratégias de estoque e marketing de maneira mais eficaz.

7 – Melhoria da eficiência operacional

Ao analisar dados em tempo real, a IA pode identificar áreas onde os processos podem ser otimizados e melhorados (reconhecimento facial do cliente gera a possibilidade de oferecer promoções personalizadas em tempo real; tecnologia também pode otimizar as operações em filas nos PDVs). Isso pode levar a uma redução de custos operacionais e a um aumento na eficiência geral das operações do varejo.

 

Uma experiência mais eficiente e agradável

Como se percebe, a IA tem fundamental importância no impulsionamento dos negócios e no aprimoramento da experiência geral do consumidor. Ela apresenta uma oportunidade de criar uma experiência mais eficiente e agradável para os clientes, ao mesmo tempo em que aumenta os lucros dos varejistas

Cinco dicas para criar uma experiência fluída em sua loja

Postado por Camila Varela em 06/out/2023 - Sem Comentários

O segundo semestre de 2023 começou a pleno vapor. Levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL) estima que o setor de comércio teve uma movimentação de R$ 27 bilhões no Dia dos Pais neste ano, com mais de 110,5 milhões de compradores. Agora, nos próximos meses, vêm outras três grandes datas de vendas para o varejo brasileiro: Dia das Crianças (outubro), Black Friday (novembro) e o Natal (dezembro – veja aqui seis dicas para aumentar a lucratividade no período natalino). Assim, varejista, é preciso (senão essencial) criar uma experiência fluída em sua loja para destacar-se da concorrência.

Com certeza, o varejo sem atrito é a chave para o desenvolvimento de uma experiência fluída e envolvente para o consumidor, que pode consequentemente refletir em um aumento nas vendas também em 2024. Essa percepção é suportada por pesquisas no campo do varejo e do comportamento do consumidor.

Um estudo da Boston Consulting Group (BCG) descobriu que empresas líderes em fornecer experiências excepcionais ao consumidor criam 55% mais valor, geram um crescimento 190% maior e entregam 70% mais confiança em comparação com companhias que não investem nessa área. Esses dados apontam claramente para a importância de investir na experiência fluída do cliente como um diferencial estratégico e uma fonte de vantagem competitiva. Se você quer estar à frente da concorrência, então, mãos à obra, a hora é essa.

Experiência fluída não significa ausência de atrito

É importante salientar, porém, que um varejo “sem atrito” não significa a ausência total de atrito. Atritos, inclusive, podem ser encarados como oportunidades para o varejista e o cliente. A meta do primeiro deve ser minimizar os aspectos negativos do atrito – como a dificuldade de encontrar produtos ou a lentidão no processo de checkout – ao mesmo tempo que maximiza as oportunidades positivas, como, por exemplo, a possibilidade de descoberta de novos produtos ou serviços durante o processo de devolução de um item.

Em resumo, o objetivo do varejo deve ser criar uma experiência fluída, positiva e memorável para o cliente (confira aqui os benefícios gerados pelo uso de cadeados eletrônicos nas prateleiras das redes de magazines e nas operadoras de telefonia celular), o que, por sua vez, pode aumentar as vendas futuras. Criar uma experiência fluída dentro da loja envolve vários aspectos fundamentais. Veja cinco pontos do processo.

1 – É importante adotar uma mentalidade centrada no cliente. Precisamos ir além de abordagens fragmentadas e incrementais para a experiência dele, ao invés disso, considerá-lo como o ponto de partida de todas as nossas operações, estratégias e tecnologia.

2 – O varejista precisa estar em sintonia com os novos pontos de contato emergentes – tanto digitais quanto físicos. Isso significa não apenas encontrar os clientes onde estão hoje, mas também prever e planejar maneiras de envolvê-los amanhã. Com a ajuda da inteligência artificial e dos dados, podemos maximizar a satisfação do cliente através desses novos pontos de contato.

3 – O relacionamento com os clientes deve ser bidirecional. Isso é, permitir que eles compartilhem feedback e moldem seus próprios relacionamentos com a empresa. Para isso, é necessária uma infraestrutura robusta e processos eficientes que fomentem uma compreensão mais profunda do cliente e permitam uma execução e inovação contínuas.

4 – A personalização é a chave. Uma abundância de dados, quando combinada com análises e inteligência artificial, nos permite medir, prever e personalizar as experiências individuais. Os clientes apreciam e respondem a um serviço que é personalizado para eles, pois isso mostra que sua individualidade é reconhecida e valorizada.

5 – A flexibilidade é importante. A adoção de opções de serviço flexíveis, como coleta e devoluções convenientes, ajuda a promover a conveniência, a imediatidade e a eficiência do gerenciamento de estoque. Além disso, produtos e serviços devem ser projetados como soluções abrangentes para o cliente, levando em consideração seus padrões de compra e oferecendo promoções localizadas.

No geral, a experiência do cliente deve ser uma prioridade estratégica para qualquer empresa que busca se diferenciar e ganhar uma vantagem competitiva no mercado. Isso requer o emprego de tecnologias emergentes, a adoção de uma mentalidade centrada no consumidor e a recompensa de comportamentos que o favorecem.

Afinal, tudo o que fazemos começa com o cliente.

 

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